Page 42 - Revista da Ordem - Edição 35
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2017 | MARÇO | REVISTA dA ORDEM TALENTOS DA ADVOCACIA tomou conta do país em meados dos anos 90.
42 Já conhecido como Diego Gaiteiro, o músico
chegou a tocar com a dupla Eric & Matheus,
Na Lapa, a populares por hits como “Alô, tô num bar” e
militância “Duzentos por hora”. “Viajamos pelo Brasil
jurídica tem durante dois anos com shows para até 100 mil
trilha sonora pessoas”, lembra. Nesse período, sua dedica-
ção ao estudo da música aprendida “de ouvi-
Diego do” também precisou ser aprofundada.
Gaiteiro
anima A vida na estrada era conciliada, a duras
colégio de penas, com o curso de Direito na Universidade
presidentes do Contestado, em Mafra. Depois de ingressar
em Pato na Ordem dos Advogados do Brasil, em 2010, a
Branco veia artística foi cedendo cada vez mais espaço
para o mundo jurídico. “Trabalhei no fórum e na
Diego Timbirussu Ribas delegacia. Depois passei a advogar e comecei a
escolheu a advocacia, mas prosperar nesse ramo”, conta. A sanfona, porém,
nunca abandonou a sanfona nunca foi abandonada. Se já não corria o Brasil
em apresentações, Diego voltava a alegrar as
Oprimeiro amor musical do advogado reuniões com os amigos. “Um deles é o Rafa, da
Diego Timbirussu Ribas foi um vio- dupla Rafa Maya e Delegado, que está no auge
lão. Estimulado pelo exemplo do ir- das paradas sertanejadas”, conta orgulhoso.
mão mais velho, ele aprendeu os primeiros
acordes aos dez anos, com um vizinho. “Santo A música, conta Diego, tem ajudado a abrir
de casa não faz milagre”, brinca. As rodas de portas em todos os lugares. “Em setembro de
chimarrão de Mato Preto, localidade da Lapa 2015 fui ao Rio Grande do Sul para as festas da
em que ele cresceu, nunca mais foram as mes- Semana Farroupilha. Não conhecia ninguém.
mas. Nas apresentações que fazia ao lado do Mas foi começar a tocar para me entrosar. Gra-
irmão, Edson, hoje também advogado, Diego ças à música, fiz muitos amigos lá, como tenho
resolveu trocar de instrumento porque per- feito em toda a parte, inclusive na OAB”, relata.
cebeu que as atenções para a sanfona eram
maiores que as destinadas ao violão. Com o desejo de atender as demandas da
classe, o advogado resolveu se candidatar à pre-
Já adolescente, Diego mudou-se com a fa- sidência da subseção da Lapa no fim de 2015.
mília para o centro da Lapa, e a música tornou- “Ganhei por um voto. Na posse toquei ao lado
se ganha-pão. Primeiro, com as apresentações de um promotor, amigo meu. Hoje guardo a
nos bailes; depois com a febre sertaneja que honra de ter me apresentado nos momentos
de convivência dos dois colégios de presidentes
que tivemos em 2016, um em Curitiba e outro
em Pato Branco”, recorda. No encontro do Sudo-
este, em outubro de 2016, o presidente da OAB
Paraná, José Augusto Araújo de Noronha, o con-
vidou para subir ao palco após a solenidade de
abertura. O presidente nacional da OAB, Claudio
Lamachia, estava presente quando Diego fez a
plateia levantar ao som da gaita, acompanhado
da Orquestra Sanfônica de Pato Branco.
“O presidente Lamachia já convidou o
Ivo (Gobbato de Carvalho, presidente da OAB
Campo Largo) e eu para nos apresentarmos
em Brasília”, diz. Ninguém duvida. Não há
fronteiras para o doutor gaiteiro da Lapa.
O músico
com os
presidentes
da OAB
Paraná e do
Conselho
Federal